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Trabalho fora e dentro de casa prejudica o estudo das crianças


Isabela Vieira Repórter da Agência Brasil


Rio de Janeiro - As crianças e adolescentes que trabalham estudam menos. A constatação é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada hoje (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o dado reforça a necessidade de formalização do trabalho e de proteção à criança.
O estudo do IBGE indica que, no conjunto de indivíduos com idade de 5 a 17 anos, o percentual de estudantes entre aqueles que não trabalham é maior do que entre os que exercem algum tipo de atividade laboral: 94% e 80%, respectivamente.
Além disso, a pesquisa mostra a redução do número de crianças e adolescentes que trabalham e estudam no país em 2007. A taxa de escolarização, que mede a quantidade de estudantes de uma faixa etária em relação ao total da população com a mesma idade, caiu de 81%, em 2006, para 80%, no ano passado.
A explicação do IBGE liga a queda à redução do trabalho infantil. No ano passado, 10,8% das crianças e adolescentes brasileiros estavam nessas condições, contra 11,5% em 2006. Entre eles, um contingente de 1,2 milhão de indivíduos entre 5 e 13 anos, impedidos por lei de trabalhar.
Mesmo assim, o principal impacto do trabalho sobre a educação foi verificado entre aquelas que poderiam, por lei, trabalhar, portanto, na faixa etária de 14 a 17 anos (de 14 a 16 anos, apenas na condição de aprendiz). Entre esses brasileiros, 74,9% dos que trabalham freqüentam a escola. Na mesma faixa de idade, entre os que não trabalham, 88,9% estudam.
Outro fator que pode dificultar o acesso ao ensino e ao lazer entre as crianças são os afazeres domésticos. De acordo com um dos coordenadores da pesquisa, o economista Cimar Azeredo, ainda não é possível mensurar a interferência de serviços simples como arrumar cama e lavar louça na escolarização, tampouco saber se mascaram a realidade do trabalho infantil dentro de casa.
“Não conseguimos separar em termos de horas, por exemplo, para medir [a interferência]”, informou Azeredo. “Uma coisa é colocar a filha para arrumar a cama, criar hábitos, outra coisa é uma menina de 10 ou 11 anos ser responsável pela limpeza da casa inteira e ainda ter que lavar, passar e cozinhar”, ponderou.
Mais da metade (60,7%) das crianças e adolescentes que trabalham no país exerce algum tipo de tarefa doméstica. Entre as que não trabalham, menos da metade realiza alguma dessas atividades em casa.

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