Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os reflexos da crise financeira mundial ainda não chegaram às prateleiras dos supermercados no Brasil, e os preços dos principais produtos consumidos pelos brasileiros não tiveram alterações significativas nas últimas semanas.
De acordo com pesquisa realizada semanalmente pelo Procon do Estado de São Paulo, em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), o valor da cesta básica, na capital paulista, que era R$ 293,86 no dia 4 de setembro, passou para R$ 295,10 na última quinta-feira (9). Em julho, o preço médio da cesta básica era de R$ 304,27, na cidade de São Paulo.
Em Porto Alegre, onde os preços da cesta básica costumam estar entre os mais altos, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, realizada mensalmente pelo Dieese, apontou uma queda no valor dos produtos essenciais, nos últimos três meses. Em julho, a cesta básica custava R$ 259,29 na capital gaúcha, valor que passou para R$ 241,16 em agosto e R$ 232,16 em setembro.
“Ainda não conseguimos sentir o reflexo dessa crise para os consumidores”, disse a diretora de Estudos e Pesquisas do Procon-SP, Valéria Rodrigues. Segundo ela, poderá haver apenas aumentos localizados e a variação dos preços dos alimentos, nos próximos meses, vai depender principalmente do ritmo das exportações. “Se os mercados externos se retraírem e não importarem, vai ter mais produtos aqui, a oferta vai ser maior e pode haver uma queda nos preços”, avaliou.
A presidente do Movimento das Donas-de-Casa e Consumidores do Rio Grande do Sul, Edy Maria Mussoi, também considera que os preços encontrados nos supermercados estão estáveis nas últimas semanas. Ela acredita que os preços de alimentos básicos como carne e feijão podem baixar até o fim do ano, especialmente pela expectativa de boas safras no campo.
Por isso, a recomendação é que os consumidores não façam estoques de alimentos em casa, e só comprem produtos em quantidade superior se estiverem em oferta. “Se nós desabastecermos os supermercados, a inflação vai voltar. Se tiver uma oferta, compre dois ou três itens a mais do produto, mas não faça estoque”, recomendou.
O mesmo conselho é dado pela diretora do Procon-SP. “Não temos nenhuma certeza do que vai acontecer, por isso recomendamos que as pessoas evitem gastos extraordinários. Então, fazer uma compra maior para ficar estocando alimentos não é recomendável, porque nada indica que há essa necessidade real”, disse Valéria Rodrigues.
Edy Maria também recomenda cautela nas compras de Natal e nas compras a prazo. “Não vamos nos deixar seduzir por ofertas sem calcular primeiro qual será o impacto dessa compra no nosso orçamento. O valor da parcela pode caber no bolso, mas temos que saber qual será o preço disso, quanto vamos pagar de juros”, alertou.
Outra recomendação é usar o décimo-terceiro salário para quitar as dívidas com juros maiores e adiantar o pagamento das contas do início do ano, como os impostos.
Brasília - Os reflexos da crise financeira mundial ainda não chegaram às prateleiras dos supermercados no Brasil, e os preços dos principais produtos consumidos pelos brasileiros não tiveram alterações significativas nas últimas semanas.
De acordo com pesquisa realizada semanalmente pelo Procon do Estado de São Paulo, em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), o valor da cesta básica, na capital paulista, que era R$ 293,86 no dia 4 de setembro, passou para R$ 295,10 na última quinta-feira (9). Em julho, o preço médio da cesta básica era de R$ 304,27, na cidade de São Paulo.
Em Porto Alegre, onde os preços da cesta básica costumam estar entre os mais altos, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, realizada mensalmente pelo Dieese, apontou uma queda no valor dos produtos essenciais, nos últimos três meses. Em julho, a cesta básica custava R$ 259,29 na capital gaúcha, valor que passou para R$ 241,16 em agosto e R$ 232,16 em setembro.
“Ainda não conseguimos sentir o reflexo dessa crise para os consumidores”, disse a diretora de Estudos e Pesquisas do Procon-SP, Valéria Rodrigues. Segundo ela, poderá haver apenas aumentos localizados e a variação dos preços dos alimentos, nos próximos meses, vai depender principalmente do ritmo das exportações. “Se os mercados externos se retraírem e não importarem, vai ter mais produtos aqui, a oferta vai ser maior e pode haver uma queda nos preços”, avaliou.
A presidente do Movimento das Donas-de-Casa e Consumidores do Rio Grande do Sul, Edy Maria Mussoi, também considera que os preços encontrados nos supermercados estão estáveis nas últimas semanas. Ela acredita que os preços de alimentos básicos como carne e feijão podem baixar até o fim do ano, especialmente pela expectativa de boas safras no campo.
Por isso, a recomendação é que os consumidores não façam estoques de alimentos em casa, e só comprem produtos em quantidade superior se estiverem em oferta. “Se nós desabastecermos os supermercados, a inflação vai voltar. Se tiver uma oferta, compre dois ou três itens a mais do produto, mas não faça estoque”, recomendou.
O mesmo conselho é dado pela diretora do Procon-SP. “Não temos nenhuma certeza do que vai acontecer, por isso recomendamos que as pessoas evitem gastos extraordinários. Então, fazer uma compra maior para ficar estocando alimentos não é recomendável, porque nada indica que há essa necessidade real”, disse Valéria Rodrigues.
Edy Maria também recomenda cautela nas compras de Natal e nas compras a prazo. “Não vamos nos deixar seduzir por ofertas sem calcular primeiro qual será o impacto dessa compra no nosso orçamento. O valor da parcela pode caber no bolso, mas temos que saber qual será o preço disso, quanto vamos pagar de juros”, alertou.
Outra recomendação é usar o décimo-terceiro salário para quitar as dívidas com juros maiores e adiantar o pagamento das contas do início do ano, como os impostos.
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